domingo, 9 de outubro de 2011


Para: Refletir

“Na primeira noite eles se aproximam,
roubam uma flor,
do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem :
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.

Até que um dia
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo o nosso medo
arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada,

 Já não podemos dizer nada.”

Poeta russo: Vladimir Maiakovski






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